Reeducação Alimentar

Precisamos mesmo de Reeducação Alimentar?

Nossa educação alimentar começa ainda no berço, na amamentação, para ser mais exato.

Quando crescemos, temos contato com diversas pessoas, de faixas etárias e costumes diferentes.

Incrível que, nesse período, é comum “aprendermos” a comer somente aquilo que achamos gostoso. Gostar do que é gostoso não é o problema. O fato é que muitos dos produtos industrializados possuem conservantes e aditivos químicos a fim de manter ou mesmo melhorar o sabor. E tais aditivos podem trazer conseqüências quando consumidos em excesso, ou a longo prazo.

E mesmo alguns alimentos de preparo natural também devem ter seu consumo controlado devido a problemas de peso ou doenças.

Desta forma, ao longo da vida acabamos por criar uma “educação alimentar” que nem sempre é aquela mais indicada por nutricionistas. Enquanto os problemas não aparecem, nos “esquecemos” disso. Mas quando o peso, a hipertensão, diabetes ou mesmo problemas de saúde mais graves aparecem, aí “a coisa pega” e todos se vêem loucos para encontrar uma solução, indo a médicos, nutricionistas, farmacêuticos, pais-de-santo e o que mais houver pela frente!

E se tivéssemos nos reeducado antes do problema aparecer, ou seja, da bomba estourar… Tudo seria mais fácil, não?

Não é bem melhor a idéia de uma alimentação mais moderada sempre do que, de repente, ter que “cortar da dieta” várias coisas que amávamos comer antes, muitas vezes para sempre?

O processo de reeducação alimentar é individual

Em outras palavras, recomendações úteis para a alimentação de uma pessoa podem não ser tão interessantes para outra, pois depende muito de quais os distúrbios alimentares e problemas de saúde mais freqüentes em sua vida.

Mesmo assim, é possível discutirmos e traçarmos algumas linhas gerais que você pode levar em consideração, mas lembre-se: o acompanhamento de um nutricionista é muito importante, principalmente se você já sofre de algum problema, como diabetes, hipertensão arterial, doenças renais, obesidade ou câncer, dentre outros.

A reeducação alimentar deve ser feita de forma gradual e séria.

Não se preocupe que você não precisará fazer uma mudança drástica em seu cardápio da noite para o dia, em vez disso, recomendamos que o processo se dê da seguinte forma:

  1. a) Conheça o que está comendo: leia sobre os alimentos e os nutrientes contidos nos mesmos. Isso lhe permitirá a refletir melhor no momento de escolher entre uma comida e outra;
  2. b) Escolha os alimentos a fazer parte de sua nova dieta alimentar de acordo com suas necessidades nutricionais, evitando alimentos que possam prejudicar sua saúde.

Desta forma, periodicamente faça um pouco de cada um dos alimentos, aprendendo assim aos poucos sobre a sua alimentação, ao mesmo tempo em que vai melhorando sua alimentação. Desta forma, você não precisa suspender ou mudar tudo de uma vez só, mas deve fazê-lo de forma gradual e, o mais importante, com consciência.

Se você tratar com seriedade o processo de reeducação alimentar, você sentirá as melhorias de forma mais intensa do que não levando com responsabilidade, pois quando não levada a sério, é comum “abrirmos brechas” e, quanto mais brechas abrimos em nossa alimentação, mais brechas abrimos inevitavelmente em nossa saúde.

Algumas recomendações para a reeducação alimentar

  • Faça uma leitura das normas da boa alimentação que aqui expusemos;
  • Leia um guia alimentar – aconselhamos os elaborados pelo Ministério da Saúde;
  • Antes de tudo, lembre-se que a moderação é a sua melhor arma para manter a saúde e a forma, sendo assim, saiba ser moderado quanto à ingestão de cada nutriente!
  • Preocupe-se sempre em melhorar a sua digestão;
  • Pratique esportes e exercícios físicos sem descuidar de sua alimentação – eles são importantes pois ajudam a regular os horários das refeições, a abrir o apetite e na queima de gorduras e calorias desnecessárias, além de serem benéficos ao processo metabólico;
  • Se você sofre ou possui alto risco de contrair hipertensão arterial, diabetes, obesidade ou outra doença crônica não-transmissível (as famosas DCNT);
  • Evite comidas do tipo fast-food e alimentos industrializados em conservantes, bem como o consumo excessivo de doces (como sempre, a moderação é sua melhor arma!);
  • Evite as “dietas da moda” ou aquelas que “fulana fez e deu certo”, pois tais dietas possuem efeito temporário;
  • Verduras, frutas e legumes, bem como outros alimentos fibrosos são muito importantes para o seu organismo;
  • Substitua refrigerantes por sucos de frutas;
  • Beba bastante água (cerca de dez copos por dia) – a desidratação é um problema a ser encarado com seriedade;
  • Se você estiver na gestação, cuidados redobrados em sua alimentação;
  • Garanta o bom consumo de todos os nutrientes, tanto os minerais quanto as vitaminas;

Procure sempre o acompanhamento e orientação de um profissional da área de nutrição.

Bem, estas são algumas das recomendações que nós da Nutrição em Foco queremos fazer-lhe a fim de ajudar na sua reeducação alimentar. Não se assuste com o tamanho da lista, pois, como comentamos, você não precisa executá-la toda da noite para o dia, mas sim, vá executando um item a mais periodicamente.

E lembre-se: depende especialmente de você e de sua vontade para que a reeducação alimentar possa fazer realmente efeito.\\3xc

 

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